Perdi o emprego

Um breve rant e desabafo

Nesta edição do Cronofobia:

• Perdi o emprego

• Viajany Podcast

• Hades (um adendo)

• Shadow of the Erdtree

Tempo de leitura: ±5 minutos

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Perdi o emprego

Em novembro de 2021, fui convidado por uma consultoria alemã a figurar entre seus empregados e a colaborar em uma startup interna da HUK Autowelt, uma das cinco maiores empresas de seguros da Alemanha.

Trabalhei na foobar Agency (a consultoria) por quase dois anos, até que decidi voltar ao Brasil e continuar, daqui, a prestar serviço para a tal startup interna, a HUK Autoservice, como PJ. A chefia do RH da mothership (Autowelt) mudou e, como primeira ação, eles cancelaram todos os contratos PJ, principalmente os internacionais, e inclusive nas empresas-filho (tipo a minha).

De novo, passaralho.

Porém, como não é meu primeiro rodeio, meu contrato pede 2 meses de aviso-prévio ou uma multa de 2 salários pelo cancelamento repentino. Portanto tenho emprego até o fim de Julho, e daí pra frente estou oficialmente desempregado.

Não tenho uma história bonita para contar sobre isso. Estou com a ansiedade no talo, achando que vou morrer desempregado, e me deparando com o fato de que todo o dinheiro que guardei vai queimar em seis meses — sou a maior renda da família que sustento.

Além do mercado de tecnologia estar uma merda — layoffs em Google, Meta e Twitter fazem com que o mercado fique inundado por muitos profissionais extraqualificados — não acho que consigo vender meu currículo para as vagas disponíveis.

Todo mundo tá buscando um mega-programador, super técnico, sabendo mil linguagens de programação e dominando um milhão de siglas (AWS, JVM, TSX, e assim por diante), e eu não sou esse cara. Porém, se você me colocar em uma reunião com um cliente não-técnico, uma equipe de designers, programadores front-end, desenvolvedores back-end, e a galera do marketing, eu garanto que todo mundo vai sair da reunião sabendo exatamente o escopo do trabalho, com todas as dúvidas sanadas e com todos os times sincronizados. Eu sou um puta resolvedor de problemas e integrador de pessoas, e de quebra ainda faço sites.

O cargo que conseguiria colocar todas essas atividades em jogo é de gerência, e ninguém tá contratando gerente sem antes fazer a pessoa passar por três anos de trabalho “normal”. E aí eu tenho que me vender como mais um programador nesse mar de programadores, e meu real skill — a comunicação — vai pro terceiro plano.

Comecei a escrever isso para pedir desculpas — dizer que não vamos ter nenhuma edição com muita filosofia e reflexão por enquanto — e falar que não sei como vai estar minha energia nas próximas newsletters. To numa bad fudida, morando numa cidade que não gosto, sendo semi-ostracisado por um grupo de pessoas que tinha em alta estima, lidando com o famoso “quem eu gosto não gosta de mim e quem gosta de mim eu não gosto”, e tentando tirar energia do cu para fazer qualquer coisa que não seja passar oito horas jogando videogame.

“Vai passar”, você dirá. Eu sei. Mas o luto — pois, no fundo, perder o emprego é um tipo de morte — permanece e to vivendo as fases dele.

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Rapidinhas

Seguidores vs Assinantes

Vejo que tem uma galera me seguindo no Substack. Legal. Mas não tão legal.

A lista de seguidores fica com o Substack — a plataforma — enquanto a lista de assinantes é minha e eu posso levar para onde eu quiser — se o Substack, por exemplo, resolver mudar suas políticas e ferramentas.

Se não custar muito para você, assine esse podcast. Não to nem falando de pagar por ele — existe uma opção gratuita — mas sim de poder me dar a opção de ter mais controle sobre quem lê o que eu escrevo.

Viajany Podcast

Euzinho na frente da Kölner Dom, quarta igreja mais alta da Europa

Este que vos escreve participou do podcast da

Grecia Augusta

, do

Mentes Brilhantes Não Existem

. Ela tem um programa sobre viagens e me convidou pra contar um pouco da minha experiência lá. São 45 minutos do Angelo sendo prolixo e dizendo que Bertioga tem melhores praias que a Itália (sim, isso é um clickbait).

Tomando no cu com areia

Quando me sobram cinquenta mililitros de energia, jogo videogame. O que tem tomado meu tempo é o novo DLC de Elden Ring, o Shadow of the Erdtree. Tá difícil pra caralho, to sofrendo, mas to perseverando. Dos chefes mais importantes, já matei: a muié das espadinhas, o hipopótamo, o leão dançarino, e aquela porra meio-escorpião meio-centopéia. Faltam (até onde eu sei) a twink do fogo e o boss final que ainda não sei quem é.

To frustradíssimo com como a movimentação tá complicada e não to conseguindo chegar nos lugares — diferente do VaatiVidya, não to gostando nada da verticalidade do jogo. Porém, cada lugar lindo né?

Vou continuar até terminar (se tudo der certo).

Quem não viu, que veja agora

Recebi feedbacks sobre minha última edição (sobre o jogo Hades) e, que coisa curiosa. Foi, de longe, a edição menos lida entre as últimas 5. Poucas aberturas do email, poucas leituras no app, um total de 5 likes e 1 comentário — normalmente recebo entre 10 a 15 likes.

Mesmo assim, foi uma edição que me trouxe conversas interessantíssimas — e é sempre delicioso quando gente como a

Jana Bianchi

vem comentar comigo que leu o que eu escrevi (e que gostou muito). Quem leu, curtiu muito, mas pouquíssima gente leu.

Dito isso, aqui estão 5 textos meus com pouquíssimas leituras e que acho que valem o clique:

The Wager

Música Clássica Porradeira

Música Peruana Psicodélica

A sedução do equipamento

Predator is a filmmaking class

Notas:

• Textos sobre música tem pouquíssimas aberturas normalmente. De duas, uma: ou não sei escrever sobre música, ou quem me lê não se interessa pelo tema.

• Percebo claramente como minha audiência aumentou quando parei de escrever em inglês. Esse texto do Predador (que eu amo) tem míseros 50 views. Se você gosta de cinema e fala inglês, leia lá — aposto que vai gostar.